Espelho, espelho meu...

Minha foto
Coelho branco na neve.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Para matar o tédio.

Bom dia pinguim,
Onde vais assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado,
Não fique assustado
Com medo de mim.

Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu jaca.
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca.

Quando você caminha
Parece o Chacrinha
Lelé da caixola.
E um velho senhor
Que foi meu professor
No meu tempo de escola.

Pinguim, meu amigo,
Não zangue comigo
Nem perca a estribeira.
Não pergunte por quê,
Mas todos põem você
Em cima da geladeira.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

como saber se você é esquisita

Você começa a perceber nas pequenas coisas que não é igual às suas amigas quando:


a) todas as suas amigas postam coisas bonitinhas no facebook, como "Guru do Amor" ou "Que princesa da Disney você é?". Você, por outro lado, manda uma frase do Charlie Harper e o "Conselho da Vovó" que vem pra você é o seguinte:

Se beber fosse pecado, Jesus teria transformado a água em Fanta-Uva.

b) girl's night out, você e suas companheiras vão a um barzinho. Elas pedem de Appletini a Piña Colada, uma ou duas mais arrojadas bebem um chopp. Você, por outro lado, chama o garçom com a frase clássica:

Amigo, uma dose de Jack, duas pedras, copo baixo, por favor.

c) Sex and The City te dá nos nervos. Você prefere muito mais assistir ao Monday Night Football comendo cachorro-quente, bebendo cerveja e gritando como uma troglodita.

d) Todas as suas amigas têm namorados, peguetes, ficantes, rolos, paqueras e afins. Você, por outro lado, assusta até o mais destemido dos homens e parece emanar uma aura de energia maligna.

e) Todas as alternativas anteriores.




É, gente. Acontece.
Às vezes Saturno estava de passagem pela casa de Sagitário, a lua pegou fogo e explodiu na sua cara quando você nasceu.



M20, Trifid Nebula.

domingo, 7 de novembro de 2010

confissões de uma pessimista

Nunca duvidei da capacidade humana. O potencial oculto em cada um de nós – não dos outros; de NÓS – oscila numa corda bamba, ameaçando despencar tanto para o bem quanto para o mal. Infelizmente, a condição humana nos faz pender quase sempre para o “lado negro da força”. Grandes nomes testemunharam ao longo da história em favor da maldade, da ganância, da barbárie e da podridão que reside, contida ou não, em cada coração que bate. Porém, algumas vezes, o Sol brilha dentro de nós, o raio incandescente da esperança arremessando para longe as sombras e os pecados, rompendo as barreiras da humanidade e elevando-nos por um átimo de segundo à sublime condição de anjos. Nessa hora, justamente ao rasgar o preceito de “homem”, é que nos tornamos realmente humanos.
Chorei feito um bebê ontem, assistindo ao Teleton. A percepção de que, ainda que mais por motivos dúbios ou por desencargo de consciência que por solidariedade e amor, o homem ainda é capaz de estender ao próximo uma mão amiga me atingiu como um rolo compressor. Por boba que eu seja, fiquei feliz. De verdade. Como não ficava há muito tempo.
E eu que achava que não tínhamos mais salvação, hein...
--
Chamo a atenção para uma participação especialíssima: o Fernandinho.
“Hoje é o melhor dia da minha vida!”
Ele cantou Roberto Carlos... “e não há nada pra comparar, para poder lhe explicar o como é grande o meu amor por você.”, mas o que ele gosta mesmo de cantar é Calypso!
Parece até conto de fadas
Mas assim aconteceu
Éramos dois apaixonados
Julieta e Romeu...
Naquela noite encantada
Pedi prá lua dos amantes
Que iluminasse essa hora
Prá esse amor eternizar...

Mas num passe de mágica
Você desapareceu
Um eclipse maldito
O encanto se perdeu
E o meu coração partido
Foi sofrendo e foi sofrendo
Tentando te encontrar
Na madrugada
Fria madrugada!...

Alua me traiu!
Acreditei que era prá valer
A lua me traiu!
Fiquei sozinha
E louca por você...



Obrigada àqueles que nos mostram, once in a while, que nem tudo está perdido.
Talvez eu esteja hormonalmente descontrolada hoje. Talvez não


Nota pessoal: Achei que a Hebe se jogar no chão com a doação do Eike foi demais. Ela é MUITO bonitinha, gente!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

sensações

Insônia que bate, quase abate.
Falta de paciência pra digitar os textos a serem postados. (É, eu sou antiquada, ando com caderninho e lápis na bolsa mesmo. Nunca se sabe onde ou quando aquela safada da criatividade vai tacar uma pedra na sua cabeça, afinal...)
Frustrações infinitas, infinitesimais.
Preguiça, meu pecado preferido.
Falando em pecado, fome. (Mas fome não é pecado!, grita a carola. Eu sei, mas a minha fome é SEMPRE, invariavelmente, acompanhada de gula. O de Peixes morre pela boca, dizem. Ou quase isso.)
Falando nos dois, vontade de comer a tal pizza divina - o que não vai acontecer, porque meu tour gastronômico pela minha ex-cidade miou. E, vontades insatisfeitas por vontades insatisfeitas, nada de refrescante choppinho Heineken tirado pelo meu barman preferido da choppeira de sax preferida no pub preferido também.



Ah, quer saber? F.
Vou fazer uns ovos mexidos, abrir uma cervejoca e ler romance de banca.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amanhã será um grande dia...

Acredito que, quando as coisas têm um significado muito intenso, elas adquirem vida própria - uma vida alheia às outras vidas, com seus próprios dilemas e suas próprias significâncias, seus motivos únicos que permeiam sua existência. Gosto de chamá-las, parafraseando Nietzsche, de "espíritos livres".

Um espírito livre liberta-se de suas amarras para com aquele que o criou, embora jamais rompa seus elos com o mesmo; terá, a partir de seu nascimento, liberdade e poder sobre seus vários destinos; porém, jamais poderá ou quererá se desvencilhar daquele que lhe deu origem, e seus destinos voluntariamente se unirão aos de seu criador. Se entremeará infinitamente e de forma incontestável aos sentimentos e idéias de sua fonte, dando-lhe a força necessária para atravessar as barreiras que, sem ele, pareceriam intransponíveis.

Um espírito assim requer pouca coisa para nascer, mas uma delas é imprescindível: para que entidade tão poderosa tome forma em mundo hostil como este, é necessária a força de uma paixão. Qualquer que seja. Há de ser uma paixão transbordante, agressiva, intransigente. Uma paixão violenta. Uma paixão humana.

E então, o sentimento toma forma. E se liberta. Chacoalha-se e rodopia-se em si mesmo, travando consigo uma batalha épica. Uma batalha de morte, onde não há perdedores porque nenhum dos lados vence – porque só existe um único lado. Uma única face, mirando-se no espelho. Confrontada com suas próprias mentiras. Com suas próprias angústias. Com seus próprios anseios. Assim, nasce um espírito livre, uma besta surgida das paixões. E tudo ao redor do espírito se enche e é cercado dele, de forma inegável e indelével.



Tudo muito humano - demasiadamente, absurdamente, extraordinariamente humano.

Amanhã será, sim, um grande dia.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

confissões de uma gorda

As noites em claro estão demonstrando seus efeitos maléficos.
Acabei de ser irremediavelmente assediada, às 5:57 da matina, por uma vontade absurda de comer aquela iguaria fina que adoçava minhas noites e madrugadas de quartas-feiras no meu tempo feliz de infeliz cidadã goianiense:

a pizza de chocolate com borda de doce-de-leite da Pizzarella.
(Sem queijo, com chocolate extra e sorvete de creme, por favor.)

confissões de uma indolente

Admito. Sou uma pessoa de notória inconsistência. Não sei me impor, e na grande maioria dos casos, nem quero. Talvez seja mais fácil assim... Pena que o "fácil" raramente seja o "certo".
A falta de firmeza [ou, como eu prefiro chamar, "evitar a fadiga"] me coloca constantemente em momentos críticos. Tomando atitudes impulsivas - e o pior, impulsionadas por impulsos alheios -, deixei nascer (como bem colocou uma estimada amiga) um "lapso de tempo bem bizarro". É passada a hora de tomar as rédeas da situação. Talvez nem seja mais possível fazê-lo. Só tenho certeza de que é preciso agir. E de que eu estou morrendo de medo. 

Ah, droga. Por quê, diabos, eu fui nascer Tangamandapiana?




"As maiores dificuldades são filhas da preguiça."
[Samuel Johnson]

terça-feira, 26 de outubro de 2010

confissões de uma procrastinadora

Tenho, faz já algum tempo, alguns textos para serem publicados aqui, mas gosto de pensar que eles aguardam o momento certo. Talvez, em breve...

Agora, eu vou em busca da minha criatividade.
Só pra procrastinar mais um pouquinho.




"Temos mais preguiça no espírito do que no corpo."
[François La Rochefoucauld]

terça-feira, 19 de outubro de 2010

tragicomédia

Das coisas absurdas.
Tenho visto coisas realmente embasbacantes ultimamente. Talvez estes não sejam exatamente os dias de glória...
Por exemplo, acho absurda nossa dependência em relação às modernidades. Acho absurdo que o exercício da nossa democracia seja obrigatório. Acho absurdo que esperem de nós o que talvez até possamos, mas não queiramos e talvez nem devêssemos fazer. Acho absurdo o absurdo da comédia que se transmuta em ridículo. O absurdo da falta de crítica que se transforma em conformismo. O absurdo da inércia que toma conta, que congela tudo ao redor e ainda tem a audácia de fazer parecerem ideais o silêncio e a não-ação. É o absurdo ab absurdo.
Talvez tudo o seja, hoje em dia.
E o pior de tudo é que a culpa é nossa - nossa.




Absurdo: do latim absurdus; absurdo, pela formação ab, indicando afastamento, e surdus, surdo, que não quer, não deve ou não pode ouvir.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nota

Meus pensamentos se parecem muito com hooligans filhos de lares desfeitos. Eles nascem pequenos e nem sempre bonitos, crescem rápido enquanto você não está olhando e acabam grandes, gordos, violentos, geralmente alcoolizados e totalmente desprovidos de limites.


Alguém aí sabe como colocar coleira em idéia?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Casillero del Diablo

Sexta à noite. Um vestido verde de flanela sai do supermercado e atravessa a rua. Entra no táxi. Na sacola, itens essenciais: uma garrafa de vinho (talvez devesse ter comprado duas, me ocorreu agora), lasanha congelada, dois sachets de comida para gatos - e apenas uma taça.

No apartamento, as notas baixas do blues se chocam contra as paredes. O vestido verde beberica o vinho. A lasanha se apruma lentamente no fogão. O gato sobe no aparador.



Mama, it's gonna be a long long night.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Bubblegum Crisis

Minha consciência - é, eu a tenho - pesa mais que um transatlântico agora. Imagino se eu vou conseguir levantar a cabeça do travesseiro amanhã...

Sensação de fracasso.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Supercalifagilisticexpialidoucious

O doce só tem mesmo doçura quando se conhece o amargo. Não há glória em amar a luz senão nas trevas. Os contrastes, os paradoxos que transitam à margem do caos beiram um cinismo ancestral; o barulho irritante do silêncio e a anestesia nauseante dos sentidos (que há muito não sentem) ferem os olhos que, ávidos, saboreiam o passar arrastado dos dias pelo espelho. A calmaria revolta desalinha os cabelos meticulosamente penteados do Destino; fio por fio, tudo sai do lugar. E fica outra vez, gritando como um louco, apenas o silêncio.
Só conto os dias pelas noites passadas em claro.



It's all the same, only the names will change
Everyday it seems we're wasting away
Another place where the faces are so cold
I'd drive all night just to get back home

(...)
Sometimes I sleep, sometimes it's not for days
And people I meet
Always go their separate ways
Sometimes you tell the day by the bottle that you drink
And times when you're all alone all you do is think.

domingo, 26 de setembro de 2010


Primeiro dia do pequeno Bruce aqui em casa.

Progressos muito grandes em um só dia; ele é um gato super-corajoso.


Ele é o Batman!

Fim de semana conturbado.
Na minha cabeça, pelo menos...

O riso,
pelo ridículo.
"(- Não posso falar.) -Quê?! (...) -Ahhhh!"
" - NOSSA! Mas cê bebe, hein?"
" - Será que ela vai cantar? - Aham; atrás de você."

Pela emoção.
"Então tá. Amanhã às 11 da manhã então."

Pela quebra de expectativas (ou comédia).
"Aaaaaaaaaah! Wooooon. Uuuuuuurgh. Wieeeeeeeeeh. Uiiiiiiieah. Aaaaaaaauaaahg. (Ploft.)"


E a compreensão da realidade, que dói mais que tudo às 2 da manhã.
A tristeza que sobra.
A ausência que sobra.
A saudade que sobra.



Que difícil, ter coração de fada.




(Seja bem-vindo, pequeno Bruce. Já te amo muito.)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

(Ah, as mentiras que contamos a nós mesmos...)







Sobre as expectativas:


É comum nos pegarmos esperando. Acontece o tempo todo. Esperar, aliás, é a base de tudo; toda ação ou não-ação carrega em si própria uma esperança de algo que poderá vir de seu resultado. E isso, meus caros, é a origem de todo desapontamento. Um homem que não espera nada de nada jamais se verá desapontado. Nunca, em hipótese alguma, terá seus anseios frustrados - porque ele não tem anseios. E cabe dizer que esse homem está, provavelmente, morto. Não há registro, e nem haverá, de alguém que nunca tenha se desapontado. (Digo "tenha se" ao invés de "tenha sido" para deixar claro que nos desapontamos a nós mesmos, uma vez que coisa alguma nos incentiva a ter esperanças - posto que não é função das coisas, e sim um traço marcante da humanidade, fazer nascer a luz do que pode vir a ser e esperar ansiosamente por um raiozinho que nos ilumine.) Estou certa de que, com maior ou menor grau de euforia ou angústia, todas as pessoas que já nasceram nesta Terra esperaram por alguma coisa. E que, pelo menos uma vez, esperaram em vão.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Deus? O Senhor está ai? Sou eu... a Mariana.


Essa noite eu perdi aquilo que me era mais caro. Minha filha, minha melhor amiga, meu anjo, meu bebê. Perdi mais que minha alma; perdi o meu amor.
Arrancaram-me de mim.
O que eu faço? Não sei o que é vida sem a Kitty. Simplesmente não sei. Alguém me diz o que fazer?
Alguém? Por favor!
Ninguém?
Deus?

Já que Deus pode estar lendo esse blog, mas ainda não se manifestou a respeito, tenho uma coisa a dizer.

Deus,
não existe, em toda a Sua criação, lágrimas suficientes pra chorar meu pranto. Não existem palavras que definam o vazio. Não existem abraços que apaziguem a dor. E não existe nada - absolutamente nada - que me faça entender. Eu aceito, porque não tenho escolha. Mas não entendo. Eu poderia gritar, e minha voz seria ouvida do outro lado do mundo. Eu poderia levantar a mão aos céus e maldizer a Sua vontade. Eu poderia fazer muitas coisas agora. Mas eis o que vou fazer: vou agradecer-Lhe. Muito, muito, muito obrigada, Deus. Obrigada por ter colocado esse anjo no meu caminho, por ter me dado o presente mais maravilhoso que já foi dado a alguém. Obrigada. Obrigada. Obrigada. Eu nunca vou poder Te mostrar o quão agradecida sou por ter tido na minha vida um amor tão grande. Obrigada por confiar a mim alguns de seus anjos, esse em especial, e por permitir que passássemos anos e anos conhecendo o paraíso através dos abracinhos apertados, dos olhinhos brihantes, da linguinha cor-de-rosa, dos ronquinhos ao dormir, da carinha de sono ao acordar BEM NO MEIO DA CAMA... Por tudo. Por isso e mais, por ter me dado o céu em vida, infinitas vezes "muito obrigada". Espero também que o Senhor, em Sua sabedoria, tenha me agraciado com força. Força para seguir em frente agora, e manter minha alma intacta; porque Você me deu o maior amor do mundo, e ele precisou voar. E um amor tão grande assim, quando precisa partir, deixa um vazio imenso no coração...

Obrigada por ter colocado a Kitty na minha vida, obrigada por me ter colocado na vida da Kitty.

Cuida dela pra mim, por favor? Assim como confio que o Senhor tem cuidado do Nick, e do Little, e do Tommy, e de todos os outros do "programa de intercâmbio" que nos envia os Seus Anjos em quatro patas e um focinho.
Cuida dela por mim. Só até a gente se reencontrar.


Titi, a mãe te ama muito.
Me perdoa, bebê? Eu queria tanto ter estado com você, ter segurado sua patinha e sussurrado o que eu sussurro toda noite...
"Dorme bem, amor. A mãe tá aqui com você."

Descansa, pequena...
A mãe tá aqui. Vai ficar tudo bem.
Eu te amo.
Vai com Deus, minha anjinha de quatro patas. Mas volta, que essa estabanada da sua mãe precisa de um anjinho exclusivo! E no que depender daquelas irmãs suas, já viu, né?
Eu te amo, Kitty.
Eu te amo, Lady Mary Catherine Elizabeth.
Eu te amo, Titi.
Eu te amo, Chuchu.
Eu te amo, Pequena.
Eu te amo, Bebê.
Eu te amo, Quitolina.
Eu te amo, Suricate.

Eu te amo.
E eu não sei o que é a vida sem você nela.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Insônia

Era uma vez uma menina que não conseguia dormir. Ela virou um zumbi, aprendeu o moonwalk e passou a se apresentar em bares e festas infantis para poder comprar a ração do gato.

FIM.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Crítica ao Ócio (título sugerido pela irmã)

Just big talk.

Esse foi, provavelmente, o dia mais improdutivo da história dos dias. Motivo? Eu tô desde as 6 da manhã sem fazer ABSOLUTAMENTE nada. Não descansei, não me cansei, não pensei. Não cantei sequer uma musiquinha! Até eu, que sou uma cultuadora do ócio (criativo ou não), me impressionei com a minha incapacidade em agir. Só porque hoje eu disse que ia fazer por onde.


É, eu "fiz por onde"; fiz nada por lugar nenhum. Acabou que eu não progredi em nenhum aspecto - se é que não regredi. Intelectual, espiritual, física e metafisicamente.

Incrível como eu consigo atingir a inércia absoluta justamente na intenção de me mover.

Estou deveras embasbacada.


Zeus, se você estiver lendo esse blog, faz o favor de mandar um raio na minha cabeça? Quem sabe assim eu saia do lugar. Ou frite de vez.




I'm a hazard to myself!

Don't let me get me.

I'm my own worst enemy...

It's bad when you annoy yourself;

So irritating!

Don't wanna be my friend no more,

I wanna be somebody else.


[Pink - Don't Let Me Get Me]

segunda-feira, 13 de setembro de 2010


Pra que serve uma borracha?

Pergaminho do Mar Morto e a gota d'água

Hoje eu transbordei. Como um recipiente que se enche demais, como um copo cheio até a boca, uma única gota me fez transbordar. Perdi-me outra vez de mim para em seguida reencontrar-me; mais vazia, mais plena.

Quando a pressão no peito é muita, ela transborda e deságua pelos olhos. O leito dos rios salgados se move tentando sorrir, mas a tristeza é um terreno acidentado e pedregoso. Então os rios seguem seu curso face abaixo, deslizando sobre as bochechas rosadas, umedecendo os lábios e deixando na boca o gosto amargo da dor. Uma mão se move e tenta desviar o curso d'água, mas ele já cavou no rosto os sulcos angustiados que, uma vez mais, recebem quase afetuosos a torrente de lágrimas que brota da alma e vai formar suaves quedas d'água pelo pescoço longo, a gola da blusa já totalmente encharcada.

Hoje coloco mais um texto antigo, cujo significado eu só descobri agora. Ele foi escrito há quase quatro anos, na ocasião do exato oposto de hoje, e só agora eu entendi... Achei que fosse um acidente de boas-vindas. Era, no entanto, de adeus.


"Hoje fui atropelada por um caminhão.
(Não no sentido literal de "caminhão", pois não estaria aqui para relatar-lhes isso se realmente tivesse sido atropelada por um caminhão.)
Mas hoje, um caminhão bateu em mim.
E o caminhão me pegou desprevenida.
Tirou-me o ar.
Tirou-me a fala.
Tirou-me de mim.
Abriu-me o peito e virou-me do avesso.
De dentro para fora.
Súbita, porém lentamente.
Tragou-me para o profundo e jogou-me para o alto. Ao mesmo tempo.
Faz-me doer o corpo e a alma, mas não a mente.
A mente, sempre tão atenta, ativa, altiva.
Essa mente, essa mesma mente, se entorpeceu.
Parou.
Parou...
Morreu.
Um caminhão bateu em mim.
E isso doeu."


Goodbye, Space Cowboy.


sábado, 4 de setembro de 2010

Pergaminhos do Mar Morto

"Cala-te, Noite, que tua voz ressoa em meu silêncio. Esse silêncio meu, tão teu que faz-me ouvinte de mim... Tão teu que grita toda tua, toda minha, toda essa fúria estática, atônita, muda. Cala-te, ó Noite, que assim, calada, tens em ti toda a música. É teu e só teu o canto das estrelas, coral radioso que só tu nos deixas ver. É tua a doce voz da dama de prata, rainha inconstante de teus céus. Então, cala-te, preciosa e linda, cala-te; pois és bela, és toda eterna. E com teu silêncio eterno, fazes de mim o que sou, mortal demente e frágil em tua escuridão, esperando temente a alvorada para glorificar-te, musa Noite. Pois cala-te! Deixa-me ouvir teu silêncio. Dá-me o riso, o pranto, a prece que não se pode ouvir. Dá-me teu amor, teu ardor, tua face cálida. Dá-me teu manto escudo, escuro, tua guarida. Dá-me de ti, Noite, e toma-me! Leva-me. Salva-me, ceifa-me as dores da vida. Porque em ti, ó Noite, quero apenas morrer de amor."

28-01-08


A partir desta, algumas postagens podem conter a reprodução exata, na íntegra e sem o mínimo de decência, dos meus escritos antigos. Coisas que eu encontrei embaixo da cama, que por algum motivo (provavelmente explicável pela entropia da natureza humana, ou simplesmente desordem) ficaram esquecidas ali por anos. Quase todos estão datados, e me surpreendeu muito perceber que eu escrevia melhor aos 14 do que jamais conseguirei aos 20. Espero que apreciem os frutos de uma época da qual eu me recordo parcamente, mas que me parece agora ter sido muito generosa, de uma maneira extremamente teatral.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Fairy Tale



Provavelmente o fim de semana mais longo e poeirento da história da humanidade. Mas a união - junto com os filhos da Dona Edna - faz a força! Mudança completa em um dia e meio (deve ser algum tipo de recorde), e agora eu tenho um armário para chamar de meu. Falando em armários...



Embaixo da cama, a princesinha encontrou um armário. Lá, como se entrando pelas portas de madeira ela alcançasse uma terra mágica, sua Nárnia, a princesinha se escondeu. (Quem dera a princesinha soubesse, quem dera!, que ela não precisava se esconder; que poderia guardar ali, naquele lugar, todas as coisas que a assustavam. Se ela soubesse...)
Em seu armário, sob a cama, dentro de seus aposentos reais, a pequena princesa pensou ter encontrado um mundo só seu. Mas havia algo errado: seu reino não era repleto de árvores, não se ouvia o cantar dos pássaros, nem haviam nuvens de algodão-doce ou flores de alcaçuz. Na verdade, lá não havia nada. Nem ninguém. Só a princesinha.
Em sua busca por um lugar onde não sentisse medo, a menina-princesa havia encontrado o mais temido dos monstros: a Solidão.
Desapontada, a princesinha procurou a maçaneta da porta, pensando que teria que enfrentar o mundo lá fora. Mas sua mãozinha tocou apenas o vazio. Tateou às cegas, procurando um meio de abrir as pesadas portas, mas seus esforços foram inúteis. Ela estava trancada ali!

"E agora?", perguntou a princesinha. Mas só o silêncio respondeu.
E a princesinha chorou. O eco de seus soluços só fazia aumentar o choro, a angústia grande demais para um coraçãozinho tão jovem.

Mas algo a resgatou de seu mergulho rumo ao desespero. Um leve rufar, como um bater de asas. Asas pequeninas. Asas que... brilhavam?
Esfregando os olhinhos, a pequena princesa viu uma luzinha oscilar em seu colo, depois alçar vôo para pousar em seu nariz. As patinhas delicadas tocaram seu rosto como uma pluma, tão suaves que mais pareciam um sonho.
Suas lágrimas haviam se transformado numa linda borboleta azul.

domingo, 22 de agosto de 2010

Pour Thais.

Thought you had
all the answers
to rest your heart upon.
But something happens,
don't see it coming, now
you can't stop yourself.
Now you're out there swimming...
In the deep.
In the deep.

Life keeps tumbling your heart in circles
till you... Let go.
Till you shed your pride, and you climb to heaven,
and you throw yourself off.
Now you're out there spinning...
In the deep.
In the deep.
In the deep.
In the deep.

And now you're out there spinning...
And now you're out there spinning...
In the deep.
In the deep.
In the deep.

In the silence,
all your secrets, will
raise their worried heads.
Well, you can pin yourself back together,
to who you thought you were.
Now you're out there livin'...
In the deep.
In the deep.
In the deep.

In the deep...

Now you're out there spinning...
Now you're out there swimming...
Now you're out there spinning...
In the deep.
In the deep.
In the deep.
In the deep...




Quando eu me perdi, quando eu já não me entendo mais há tempos você vem, e vem, e vem, e me diz em uma música tudo o que eu sou. E é por isso, mais que por causa das outras coisas todas, que eu te amo e te sinto. Uma irmã de alma, café fumegante e edredon de florzinha.

sábado, 21 de agosto de 2010

Waiting for... something to wait for.

There's a cross above the baby's bed,
A Saviour in her dreams.
But she was not delivered then,
And the baby became me.
There's a light inside the darkened room,
A footstep on the stair.
A door that I forever close,
To leave those memories there.

So when the shadows link them,
Into an evening sun.
Well first there's summer, then I'll let you in.
September when it comes.

I plan to crawl outside these walls,
Close my eyes and see.
And fall into the heart and arms,
Of those who wait for me.
I cannot move a mountain now;
I can no longer run.
I cannot be who I was then:
In a way, I never was.

I watch the clouds go sailing;
I watch the clock and sun.
Oh, I watch myself, depending on,
September when it comes.

So when the shadows link them,
And burn away the past
They will fly me, like an angel,
To a place where I can rest.
When this begins, I'll let you know,
September when it comes.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


"Uma manhã fria de agosto. Praça Buenos Aires. No chão um mosaico, formado pelos raios de sol que se infiltram através das folhas miúdas das árvores. Sol dourado como os lustrosos botões que adornam a casaca vermelha do saxofonista à entrada do parque; e, tal qual os mesmos botões, frio. A doce melodia que flutua até os ouvidos, doce como os croissants de chocolate embrulhados em papel branco, não é capaz de aquecer o sorriso triste que brota involuntariamente dos lábios pálidos. Nem o café fumegante consegue tal façanha.
É uma simples manhã, uma ordinariamente simples manhã de agosto. Mas a alma pétrea e enrijecida que desliza o lápis pela folha, desvirginando-a cruelmente, só consegue rabiscar um roteiro de film noir de quinta categoria, alheia ao balançar alegre e cadenciado da cauda de um golden retriever que atravessa o átrio."

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry no more

Once I rose above the noise and confusion
Just to get a glimpse beyond this illusion
I was soaring ever higher
But I flew too high

Though my eyes could see I still was a blind man
Though my mind could think I still was a mad man
I hear the voices when I'm dreaming
I can hear them say

Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry no more

Masquerading as a man with a reason
My charade is the event of the season
And if I claim to be a wise man, well
It surely means that I don't know

On a stormy sea of moving emotion
Tossed around I'm like a ship on the ocean
I set a course for winds of fortune
But I hear the voices say

Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry no more, no!

Carry on, you will always remember
Carry on, nothing equals the splendor
Now your life's no longer empty
Surely heaven waits for you

Carry on my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry
Don't you cry no more

No more

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Grace O'Malley


"Choose life. Choose your future. Choose a job. Choose a family. Choose washing machines, cars and compact disc players. Choose a big home. Choose your friends. Choose your beer. Choose a big pint. Choose tasting the real Guinness. Choose the best rock and roll bands, soccer games and food.
Choose it once, choose it twice."

domingo, 15 de agosto de 2010

Um fim de semana bem aventuresco!

A começar do baile. Quarenta minutos e cinquenta reais depois, chegamos ao local do evento. Da decoração de buffet infantil ao go-go-boy vestido (ou não?) de coelhinho, a 'viagem' pro País das Maravilhas teve lá seu quê de maravilhosa. Tudo graças ao José. Graaande José.

Depois, mais uma aventura; esta, regada a Guinness, Weihenstephaner, Heineken & Co., histórias de piratas e a promessa do melhor torresmo de todos. Não era o melhor de todos, óbvio, mas era pretty pretty good. Fica ainda o maior suspense: será Belco a melhor cerveja? Parafraseando o cunhado, há que se considerar sempre a relação de custo-benefício...

Finalmente, surtos de criatividade e a conclusão: Sua Vó mordeu o Gato Sensual, molho de mostarda deixa as pessoas bêbadas, eu perdi o jogo e agora vou comer o melhor bauru do universo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A melhor tirada do século.


M: Sabe, acho que isso tá virando uma obsessão.

R: Isso o quê?

M: Essa minha história com bacon. Quem mais descreve assim as qualidades de um BACON?

R: ...

A: ...

R: O Francis.

A: ...que Francis?

M: ...que Francis?

R: Bacon.

terça-feira, 10 de agosto de 2010


TIGER, tiger, burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Could frame thy fearful symmetry?

In what distant deeps or skies
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand dare seize the fire?

And what shoulder and what art
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand and what dread feet?

What the hammer? what the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil? What dread grasp
Dare its deadly terrors clasp?

When the stars threw down their spears,
And water'd heaven with their tears,
Did He smile His work to see?
Did He who made the lamb make thee?

Tiger, tiger, burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Dare frame thy fearful symmetry?

domingo, 8 de agosto de 2010



Feliz dia dos pais, pai.
Te amo.


One of these days...

Hoje bateu a saudade avassaladora das pequenas coisas. Sabe, aquelas que importam mais que tudo, que fazem dos domingos de sol um pedaço do paraíso. Saudade dos vários copos de cerveja na mesa, das bitucas de cigarro (alheio) no chão, do silêncio pós-farra que quase grita dizendo que há, em cada esquina da casa, uma alma embriagada que adormeceu cantando. Saudade da casa. Do cheiro, da cor, do som - da ausência do som. Saudade das cortinas. Ah, as cortinas...


É como se fosse um gira-gira, daqueles que existem nos parquinhos daquela infância. As mãos mal conseguem se agarrar nas barras de metal com a tinta descascada, os olhos não distinguem mais o real da fantasia. Tudo se junta num borrão de tinta que se move, colorido com todas as cores já inventadas - tão colorido, que o mundo além das mãos se torna todo cinza.


"Saudade a gente tem é dos pedaços de nós que ficam pelo caminho."
Martha Medeiros

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sobre a solidão.


Acho incrível o poder de aglutinação que têm os seres humanos. Os animais, em geral, se unem por propósitos específicos - proteger-se, aquecer-se, alimentar-se. Da força de todos faz-se a força do um. Isso é natural e necessário.
Porém, é nas relações humanas que se vê o comportamento mais interessante: nós nos unimos pelo simples fato de adorarmos multidões. Não importa que os elementos formadores da massa não tenham entre si um único aspecto em comum além da condição humana; uma fila, uma roda, um bando desorganizado de elementos únicos em sua coletividade. Daí - da agregação de muitas, muitas, muitas pessoas -, surge o sentimento mais insidiosamente agressivo do qual já se teve notícia: a solidão.

Sobre esta, ressalto que tem intrínseca relação com as multidões. Todos já experimentaram, ou experimentarão algum dia, aquela horrível sensação de desencontro, de incompletude, de não-agregação ao mundo que nos cerca, que abate implacavelmente e nos obriga a confrontar sozinhos a força do um: nosso eu. O homem na multidão é subitamente forçado a encarar a si mesmo, seus valores e sua própria essência, sozinho. All alone in the dark, bem ali na arquibancada lotada do estádio na final do Brasileirão.

Nota.

(Se "devagar se vai ao longe", então ao divagar se vai mais longe. Perdoem-me caso meus escritos soem desconexos e aleatórios: é só o reflexo exato da minha própria desorganização interna. Isso há de se corrigir com o tempo... espero.)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Hope



Cheguei a São Paulo num sábado como se nunca houvesse estado aqui; como se não tivesse pisado esse mesmo chão por várias vezes nos últimos oito anos. Tudo me parecia novo. O céu me recebeu claro e limpo - novidade, nesses dias -, de um azul imaculado pelas nuvens, o sol amornando o frio do medo. Era só um sábado de sol, com uma diferença: havia esperança.

Esperança

Mário Quintana


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...







sexta-feira, 30 de julho de 2010

A Vida em Cores

Três semanas de possibilidades (g)astronômicas e mudanças na rotina me mantiveram longe da fabulosa arte de contar - ou não? - histórias.

Foi um tempo de descobertas. Descobri, por exemplo, que paciência é um dom divino, e que Deus (ironicamente) não o concedeu à minha pessoa.

Dizia Alcofribas Nasier, vulgo Rabelais, que "tudo vem com o tempo, para quem sabe esperar".
E para os que não sabem?


Tempo e paciência à parte, penso que é hora de quebrar barreiras. Superar os limites. Embora eu goste de limites. Pessoas e coisas bem delimitadas me agradam, sempre achei que as linhas têm sua própria e muito nobre razão de ser. Mas talvez, só talvez, depois de uma vida quase muito bem regrada, eu esteja precisando colorir fora dos traços.



terça-feira, 13 de julho de 2010

Old truths

Hoje o sol não saiu. Lembrei porque chamam essa cidade de Terra da Garoa.
Mas eu me lembro sempre, mesmo (e talvez especialmente) nos tempos mais difíceis, daquilo que o enforcado me ensinou:

it can't rain all the time.
('The Hangman Joke' - The Crow)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

antecipation.

Hoje o sol nasceu com um brilho diferente. O ar frio e seu contraste com o calor aconchegante das cobertas - e da Kitty enrodilhada sobre elas - quase impediram que eu me levantasse. Isso, e o medo.
O que ontem era apenas nostalgia (ácida, corrosiva nostalgia) se tornou um quase pavor pelo que virá, um certo horror ao desconhecido. Que posso fazer?, sou resistente a mudanças. Não gosto delas. Creio que as coisas têm seu lugar de ser e mesmo que não me agrade tal disposição, c'est la vie. Talvez isso soe muito conformista, e caso sim, peço perdão. O caso é que me apego muito facilmente a tudo: às coisas, pessoas, lugares, rotinas. Isto também significa que sou muito adaptável, pelo menos a princípio. Sou, sim. E não gosto. Mas voltando ao assunto...

Ontem minha irmã me disse que um tio nosso disse a ela que toda mudança é para melhor. O tio em questão, notem, é um sábio, um entendido da vida e seus pormenores. Eu tendo, então, a acreditar nele. Porém, me brotam dúvidas. A mais recente é: e se a mudança não for fruto do acaso, e sim de uma decisão? Será também para melhor?
Espero que sim.



"A vida é maravilhosa quando não se tem medo dela."
Charles Chaplin

Once upon a time...


Em um reino distante, vivia uma jovem princesa que desejava explorar o mundo. Seu mundo, porém, se restringia às paredes de seu castelo. Tão protegida que era, a princesinha ansiava por liberdade. E, procurando liberdade, refugiou-se em seus aposentos, e adormeceu. Dormiu por muito tempo, um sono de lindos e frágeis sonhos, que foram ao chão certo dia, juntamente com a doce princesa. Acordou ao cair da cama, e descobriu ali embaixo um mundo inteiro de possibilidades...