Espelho, espelho meu...

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Coelho branco na neve.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

como saber se você é esquisita

Você começa a perceber nas pequenas coisas que não é igual às suas amigas quando:


a) todas as suas amigas postam coisas bonitinhas no facebook, como "Guru do Amor" ou "Que princesa da Disney você é?". Você, por outro lado, manda uma frase do Charlie Harper e o "Conselho da Vovó" que vem pra você é o seguinte:

Se beber fosse pecado, Jesus teria transformado a água em Fanta-Uva.

b) girl's night out, você e suas companheiras vão a um barzinho. Elas pedem de Appletini a Piña Colada, uma ou duas mais arrojadas bebem um chopp. Você, por outro lado, chama o garçom com a frase clássica:

Amigo, uma dose de Jack, duas pedras, copo baixo, por favor.

c) Sex and The City te dá nos nervos. Você prefere muito mais assistir ao Monday Night Football comendo cachorro-quente, bebendo cerveja e gritando como uma troglodita.

d) Todas as suas amigas têm namorados, peguetes, ficantes, rolos, paqueras e afins. Você, por outro lado, assusta até o mais destemido dos homens e parece emanar uma aura de energia maligna.

e) Todas as alternativas anteriores.




É, gente. Acontece.
Às vezes Saturno estava de passagem pela casa de Sagitário, a lua pegou fogo e explodiu na sua cara quando você nasceu.



M20, Trifid Nebula.

domingo, 7 de novembro de 2010

confissões de uma pessimista

Nunca duvidei da capacidade humana. O potencial oculto em cada um de nós – não dos outros; de NÓS – oscila numa corda bamba, ameaçando despencar tanto para o bem quanto para o mal. Infelizmente, a condição humana nos faz pender quase sempre para o “lado negro da força”. Grandes nomes testemunharam ao longo da história em favor da maldade, da ganância, da barbárie e da podridão que reside, contida ou não, em cada coração que bate. Porém, algumas vezes, o Sol brilha dentro de nós, o raio incandescente da esperança arremessando para longe as sombras e os pecados, rompendo as barreiras da humanidade e elevando-nos por um átimo de segundo à sublime condição de anjos. Nessa hora, justamente ao rasgar o preceito de “homem”, é que nos tornamos realmente humanos.
Chorei feito um bebê ontem, assistindo ao Teleton. A percepção de que, ainda que mais por motivos dúbios ou por desencargo de consciência que por solidariedade e amor, o homem ainda é capaz de estender ao próximo uma mão amiga me atingiu como um rolo compressor. Por boba que eu seja, fiquei feliz. De verdade. Como não ficava há muito tempo.
E eu que achava que não tínhamos mais salvação, hein...
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Chamo a atenção para uma participação especialíssima: o Fernandinho.
“Hoje é o melhor dia da minha vida!”
Ele cantou Roberto Carlos... “e não há nada pra comparar, para poder lhe explicar o como é grande o meu amor por você.”, mas o que ele gosta mesmo de cantar é Calypso!
Parece até conto de fadas
Mas assim aconteceu
Éramos dois apaixonados
Julieta e Romeu...
Naquela noite encantada
Pedi prá lua dos amantes
Que iluminasse essa hora
Prá esse amor eternizar...

Mas num passe de mágica
Você desapareceu
Um eclipse maldito
O encanto se perdeu
E o meu coração partido
Foi sofrendo e foi sofrendo
Tentando te encontrar
Na madrugada
Fria madrugada!...

Alua me traiu!
Acreditei que era prá valer
A lua me traiu!
Fiquei sozinha
E louca por você...



Obrigada àqueles que nos mostram, once in a while, que nem tudo está perdido.
Talvez eu esteja hormonalmente descontrolada hoje. Talvez não


Nota pessoal: Achei que a Hebe se jogar no chão com a doação do Eike foi demais. Ela é MUITO bonitinha, gente!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

sensações

Insônia que bate, quase abate.
Falta de paciência pra digitar os textos a serem postados. (É, eu sou antiquada, ando com caderninho e lápis na bolsa mesmo. Nunca se sabe onde ou quando aquela safada da criatividade vai tacar uma pedra na sua cabeça, afinal...)
Frustrações infinitas, infinitesimais.
Preguiça, meu pecado preferido.
Falando em pecado, fome. (Mas fome não é pecado!, grita a carola. Eu sei, mas a minha fome é SEMPRE, invariavelmente, acompanhada de gula. O de Peixes morre pela boca, dizem. Ou quase isso.)
Falando nos dois, vontade de comer a tal pizza divina - o que não vai acontecer, porque meu tour gastronômico pela minha ex-cidade miou. E, vontades insatisfeitas por vontades insatisfeitas, nada de refrescante choppinho Heineken tirado pelo meu barman preferido da choppeira de sax preferida no pub preferido também.



Ah, quer saber? F.
Vou fazer uns ovos mexidos, abrir uma cervejoca e ler romance de banca.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amanhã será um grande dia...

Acredito que, quando as coisas têm um significado muito intenso, elas adquirem vida própria - uma vida alheia às outras vidas, com seus próprios dilemas e suas próprias significâncias, seus motivos únicos que permeiam sua existência. Gosto de chamá-las, parafraseando Nietzsche, de "espíritos livres".

Um espírito livre liberta-se de suas amarras para com aquele que o criou, embora jamais rompa seus elos com o mesmo; terá, a partir de seu nascimento, liberdade e poder sobre seus vários destinos; porém, jamais poderá ou quererá se desvencilhar daquele que lhe deu origem, e seus destinos voluntariamente se unirão aos de seu criador. Se entremeará infinitamente e de forma incontestável aos sentimentos e idéias de sua fonte, dando-lhe a força necessária para atravessar as barreiras que, sem ele, pareceriam intransponíveis.

Um espírito assim requer pouca coisa para nascer, mas uma delas é imprescindível: para que entidade tão poderosa tome forma em mundo hostil como este, é necessária a força de uma paixão. Qualquer que seja. Há de ser uma paixão transbordante, agressiva, intransigente. Uma paixão violenta. Uma paixão humana.

E então, o sentimento toma forma. E se liberta. Chacoalha-se e rodopia-se em si mesmo, travando consigo uma batalha épica. Uma batalha de morte, onde não há perdedores porque nenhum dos lados vence – porque só existe um único lado. Uma única face, mirando-se no espelho. Confrontada com suas próprias mentiras. Com suas próprias angústias. Com seus próprios anseios. Assim, nasce um espírito livre, uma besta surgida das paixões. E tudo ao redor do espírito se enche e é cercado dele, de forma inegável e indelével.



Tudo muito humano - demasiadamente, absurdamente, extraordinariamente humano.

Amanhã será, sim, um grande dia.