Espelho, espelho meu...

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Coelho branco na neve.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Acordei hoje com o coração partido.
Moço do meu sonho, estou perdidamente apaixonada por você.

(L)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

o dia depois de ontem

Hoje me engajei numa conversa prandial que me levou à seguinte reflexão:

às margens de um evento apocalíptico, anunciado e garantido, o que você faria?

"Endireitar as veredas!"

Discordo; cultivo e nutro vários desvios de caráter, mas não tenho por hábito ser hipócrita. Uma vida desregrada não se apaga com uma semana de boa conduta. Especialmente se a tal conduta esperada for apenas uma reação amedrontada ao fim iminente.

O exemplo dado na conversa foi o seguinte (convido os leitores a ilustrarem à vontade):
[link para referências - http://www.ebiblefellowship.com/pt/may21_pt.html e patati, patatá.]


E se é verdade e Jesus Cristo vem mesmo arrebatar os salvos sábado que vem;
você tem uma vida toda de pecados e uma semana pra mudar.

Você muda?

Se confessa, vai à igreja, paga o dízimo, beija a mão do padre, abraça as criancinha, não xinga os pais, não fala mal dazamiga, não se entope de comida, não enche a cara, não passa a mão na bunda da namorada do amigo, não fornica, não mente, não rouba, não mata.
Por uma semana.

Isso vai te salvar?
E se for salvar, você faz?

Bom, sinceramente... não. Não faço ou deixo de fazer mais do que faço ou não faço todos os dias.
Acho que mudar por conveniência é muito menos louvável do que manter o modus operandi e aceitar as conseqüências.


"Ah, mas você enfrentará a penúria?"


Sim. De alma suja e consciência limpa.
Talvez O Grande discorde - e eu não tenho a menor pretensão de saber o que se passa fora da minha cabeça -, mas até onde me cabe o entendimento, eu fico.
E se você acredita que já tá com um pé no Paraíso, é melhor pensar duas vezes.



Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar
Por causa disso
Minha gente lá de casa
Começou a rezar...
E até disseram que o sol
Ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite
Lá no morro
Não se fez batucada...

Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando
De aproveitar...

Beijei a bôca
De quem não devia
Peguei na mão
De quem não conhecia
Dancei um samba
Em traje de maiô
E o tal do mundo
Não se acabou...

Chamei um gajo
Com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele
Mais de quinhentão...

Agora eu soube
Que o gajo anda
Dizendo coisa
Que não se passou
E, vai ter barulho
E vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou...


(Será que o fim do mundo é uma boa desculpa pra gente dizer pra alguém tudo aquilo que queríamos ter dito, mas que calamos por faltar motivo, coragem ou descaramento?)
(Acho que não...)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

bestafera

Não conheço seu nome ou paradeiro
Adivinho seu rastro e cheiro
Vou armado de dentes e coragem
Vou morder sua carne selvagem
Varo a noite sem cochilar, aflito
Amanheço imitando o seu grito
Me aproximo rondando a sua toca
E ao me ver você me provoca
Você canta a sua agonia louca

Água me borbulha na boca
Minha presa rugindo sua raça
Pernas se debatendo e o seu fervor
Hoje é o dia da graça,
hoje é o dia da caça e do caçador.
 

Ah, the moon's too bright
The chain's too tight
The beast won't go to sleep
I've been running through these promises to you
That I made and I could not keep
Ah but a man never got a woman back
Not by begging on his knees
Or I'd crawl to you baby
And I'd fall at your feet
And I'd howl at your beauty
Like a dog in heat
And I'd claw at your heart
And I'd tear at your sheet
I'd say please, please
I'm your man.
Só não sei dizer qual dos dois me mata mais...