Espelho, espelho meu...

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Coelho branco na neve.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Hope



Cheguei a São Paulo num sábado como se nunca houvesse estado aqui; como se não tivesse pisado esse mesmo chão por várias vezes nos últimos oito anos. Tudo me parecia novo. O céu me recebeu claro e limpo - novidade, nesses dias -, de um azul imaculado pelas nuvens, o sol amornando o frio do medo. Era só um sábado de sol, com uma diferença: havia esperança.

Esperança

Mário Quintana


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...







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