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Coelho branco na neve.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Fairy Tale



Provavelmente o fim de semana mais longo e poeirento da história da humanidade. Mas a união - junto com os filhos da Dona Edna - faz a força! Mudança completa em um dia e meio (deve ser algum tipo de recorde), e agora eu tenho um armário para chamar de meu. Falando em armários...



Embaixo da cama, a princesinha encontrou um armário. Lá, como se entrando pelas portas de madeira ela alcançasse uma terra mágica, sua Nárnia, a princesinha se escondeu. (Quem dera a princesinha soubesse, quem dera!, que ela não precisava se esconder; que poderia guardar ali, naquele lugar, todas as coisas que a assustavam. Se ela soubesse...)
Em seu armário, sob a cama, dentro de seus aposentos reais, a pequena princesa pensou ter encontrado um mundo só seu. Mas havia algo errado: seu reino não era repleto de árvores, não se ouvia o cantar dos pássaros, nem haviam nuvens de algodão-doce ou flores de alcaçuz. Na verdade, lá não havia nada. Nem ninguém. Só a princesinha.
Em sua busca por um lugar onde não sentisse medo, a menina-princesa havia encontrado o mais temido dos monstros: a Solidão.
Desapontada, a princesinha procurou a maçaneta da porta, pensando que teria que enfrentar o mundo lá fora. Mas sua mãozinha tocou apenas o vazio. Tateou às cegas, procurando um meio de abrir as pesadas portas, mas seus esforços foram inúteis. Ela estava trancada ali!

"E agora?", perguntou a princesinha. Mas só o silêncio respondeu.
E a princesinha chorou. O eco de seus soluços só fazia aumentar o choro, a angústia grande demais para um coraçãozinho tão jovem.

Mas algo a resgatou de seu mergulho rumo ao desespero. Um leve rufar, como um bater de asas. Asas pequeninas. Asas que... brilhavam?
Esfregando os olhinhos, a pequena princesa viu uma luzinha oscilar em seu colo, depois alçar vôo para pousar em seu nariz. As patinhas delicadas tocaram seu rosto como uma pluma, tão suaves que mais pareciam um sonho.
Suas lágrimas haviam se transformado numa linda borboleta azul.

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