quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
rock your soul
the more I think, the less I see
when I'm able to walk I'm queen of my world
I let it rain on my skin
I don't let myself down, don't let myself down
just wanna be one with you,
wanna be one with you...
the more I think, the less I do
when I'm able to talk I'm queen of my world
I let it rain on my skin
I don't ask myself why, don't ask myself why...
when I'm able to walk I'm queen of my world
I let it rain on my skin
I don't let myself down, don't let myself down
just wanna be one with you,
wanna be one with you...
the more I think, the less I do
when I'm able to talk I'm queen of my world
I let it rain on my skin
I don't ask myself why, don't ask myself why...
segunda-feira, 27 de junho de 2011
fiddle fire
Fire on the Mountain! Run, boys, run!
Devil's in the house of the rising sun
Chicken in the bread pan picking out dough,
Granny, does your dog bite? No, child, no.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
filosofia de vida (virtual)
Olha que bunitim, o tuítis me ensinando altas coisas.
Não era de se esperar que uma mulher, hoje em dia, fosse tão feminina. Nem era de se esperar que uma mulher tão feminina apoiasse causas fundamentalmente feministas (porque "é a distinção entre macho e fêmea que a torna tão mulherzinha", ao que parece). Sendo assim, não é comum que alguém que apóia e exerce seus direitos de mulher tenha posicionamentos essencialmente masculinos. E, definitivamente, não é provável que alguém com todas essas características tenha uma essência própria.
Olá, muito prazer. Meu nome é Mari. O que me move é a coerência aparentemente incoerente de todas as coisas nas quais eu acredito. De toda a (des)construção do eu em todas as manhãs. Das minhas ressignificações e idiossincrasias diárias. Porque eu posso até acreditar em coisas demais, mas acredito demais em cada uma delas.
Nota: as marcações em itálico são citações alheias. As palavras sublinhadas são as que já me foram ditas vezes demais.
Não era de se esperar que uma mulher, hoje em dia, fosse tão feminina. Nem era de se esperar que uma mulher tão feminina apoiasse causas fundamentalmente feministas (porque "é a distinção entre macho e fêmea que a torna tão mulherzinha", ao que parece). Sendo assim, não é comum que alguém que apóia e exerce seus direitos de mulher tenha posicionamentos essencialmente masculinos. E, definitivamente, não é provável que alguém com todas essas características tenha uma essência própria.
Olá, muito prazer. Meu nome é Mari. O que me move é a coerência aparentemente incoerente de todas as coisas nas quais eu acredito. De toda a (des)construção do eu em todas as manhãs. Das minhas ressignificações e idiossincrasias diárias. Porque eu posso até acreditar em coisas demais, mas acredito demais em cada uma delas.
Nota: as marcações em itálico são citações alheias. As palavras sublinhadas são as que já me foram ditas vezes demais.
domingo, 19 de junho de 2011
Vai.
Vai.
Diz aquilo que você quer dizer.
Deixa as palavras vazarem da sua alma como água que transborda de um bueiro entupido, trazendo com elas toda a imundície que ficou estagnada por tanto tempo.
Deixa o grito sair do silêncio e devassar o tímpano daquele que não quer ouvir; deixa sair tudo o que é feio, é frio, é fétido e te engasga.
Vai.
Diz pra ele que você não é qualquer uma.
Diz pra ela que você não é palhaço.
Diz pra todos quem é você.
E depois que disser tudo, escuta.
Vai.
Vê se tem coragem e escuta.
Porque aí - e só aí - vai ecoar o silêncio da sua verdade refletida neles todos: você, monstro ou santo, não importa; só você, essência e fundamento, mais uma vez, com a limpidez de outrora da chuva que caiu dos céus e se afogou no esgoto de tudo o que você, monstro ou santo, guardou tanto tempo aí dentro.
Vai.
Diz.
Diz, que eu quero ouvir.
Diz aquilo que você quer dizer.
Deixa as palavras vazarem da sua alma como água que transborda de um bueiro entupido, trazendo com elas toda a imundície que ficou estagnada por tanto tempo.
Deixa o grito sair do silêncio e devassar o tímpano daquele que não quer ouvir; deixa sair tudo o que é feio, é frio, é fétido e te engasga.
Vai.
Diz pra ele que você não é qualquer uma.
Diz pra ela que você não é palhaço.
Diz pra todos quem é você.
E depois que disser tudo, escuta.
Vai.
Vê se tem coragem e escuta.
Porque aí - e só aí - vai ecoar o silêncio da sua verdade refletida neles todos: você, monstro ou santo, não importa; só você, essência e fundamento, mais uma vez, com a limpidez de outrora da chuva que caiu dos céus e se afogou no esgoto de tudo o que você, monstro ou santo, guardou tanto tempo aí dentro.
Vai.
Diz.
Diz, que eu quero ouvir.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
o dia depois de ontem
Hoje me engajei numa conversa prandial que me levou à seguinte reflexão:
às margens de um evento apocalíptico, anunciado e garantido, o que você faria?
"Endireitar as veredas!"
Discordo; cultivo e nutro vários desvios de caráter, mas não tenho por hábito ser hipócrita. Uma vida desregrada não se apaga com uma semana de boa conduta. Especialmente se a tal conduta esperada for apenas uma reação amedrontada ao fim iminente.
O exemplo dado na conversa foi o seguinte (convido os leitores a ilustrarem à vontade):
[link para referências - http://www.ebiblefellowship.com/pt/may21_pt.html e patati, patatá.]
Bom, sinceramente... não. Não faço ou deixo de fazer mais do que faço ou não faço todos os dias.
Acho que mudar por conveniência é muito menos louvável do que manter o modus operandi e aceitar as conseqüências.
"Ah, mas você enfrentará a penúria?"
Sim. De alma suja e consciência limpa.
Talvez O Grande discorde - e eu não tenho a menor pretensão de saber o que se passa fora da minha cabeça -, mas até onde me cabe o entendimento, eu fico.
E se você acredita que já tá com um pé no Paraíso, é melhor pensar duas vezes.
às margens de um evento apocalíptico, anunciado e garantido, o que você faria?
"Endireitar as veredas!"
Discordo; cultivo e nutro vários desvios de caráter, mas não tenho por hábito ser hipócrita. Uma vida desregrada não se apaga com uma semana de boa conduta. Especialmente se a tal conduta esperada for apenas uma reação amedrontada ao fim iminente.
O exemplo dado na conversa foi o seguinte (convido os leitores a ilustrarem à vontade):
[link para referências - http://www.ebiblefellowship.com/pt/may21_pt.html e patati, patatá.]
E se é verdade e Jesus Cristo vem mesmo arrebatar os salvos sábado que vem;
você tem uma vida toda de pecados e uma semana pra mudar.
Você muda?
Se confessa, vai à igreja, paga o dízimo, beija a mão do padre, abraça as criancinha, não xinga os pais, não fala mal dazamiga, não se entope de comida, não enche a cara, não passa a mão na bunda da namorada do amigo, não fornica, não mente, não rouba, não mata.
Por uma semana.
Isso vai te salvar?
E se for salvar, você faz?
Bom, sinceramente... não. Não faço ou deixo de fazer mais do que faço ou não faço todos os dias.
Acho que mudar por conveniência é muito menos louvável do que manter o modus operandi e aceitar as conseqüências.
"Ah, mas você enfrentará a penúria?"
Sim. De alma suja e consciência limpa.
Talvez O Grande discorde - e eu não tenho a menor pretensão de saber o que se passa fora da minha cabeça -, mas até onde me cabe o entendimento, eu fico.
E se você acredita que já tá com um pé no Paraíso, é melhor pensar duas vezes.
Anunciaram e garantiram
Que o mundo ia se acabar
Por causa disso
Minha gente lá de casa
Começou a rezar...
E até disseram que o sol
Ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite
Lá no morro
Não se fez batucada...
Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando
De aproveitar...
Beijei a bôca
De quem não devia
Peguei na mão
De quem não conhecia
Dancei um samba
Em traje de maiô
E o tal do mundo
Não se acabou...
Chamei um gajo
Com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele
Mais de quinhentão...
Agora eu soube
Que o gajo anda
Dizendo coisa
Que não se passou
E, vai ter barulho
E vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou...
(Será que o fim do mundo é uma boa desculpa pra gente dizer pra alguém tudo aquilo que queríamos ter dito, mas que calamos por faltar motivo, coragem ou descaramento?)
(Acho que não...)
segunda-feira, 9 de maio de 2011
bestafera
Não conheço seu nome ou paradeiro
Adivinho seu rastro e cheiro
Vou armado de dentes e coragem
Vou morder sua carne selvagem
Varo a noite sem cochilar, aflito
Amanheço imitando o seu grito
Me aproximo rondando a sua toca
E ao me ver você me provoca
Você canta a sua agonia louca
Água me borbulha na boca
Minha presa rugindo sua raça
Pernas se debatendo e o seu fervor
Hoje é o dia da graça,
hoje é o dia da caça e do caçador.
Adivinho seu rastro e cheiro
Vou armado de dentes e coragem
Vou morder sua carne selvagem
Varo a noite sem cochilar, aflito
Amanheço imitando o seu grito
Me aproximo rondando a sua toca
E ao me ver você me provoca
Você canta a sua agonia louca
Água me borbulha na boca
Minha presa rugindo sua raça
Pernas se debatendo e o seu fervor
Hoje é o dia da graça,
hoje é o dia da caça e do caçador.
Ah, the moon's too bright
The chain's too tight
The beast won't go to sleep
I've been running through these promises to you
That I made and I could not keep
Ah but a man never got a woman back
Not by begging on his knees
Or I'd crawl to you baby
And I'd fall at your feet
And I'd howl at your beauty
Like a dog in heat
And I'd claw at your heart
And I'd tear at your sheet
I'd say please, please
I'm your man.
Só não sei dizer qual dos dois me mata mais...
quinta-feira, 28 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
Cara, é estranho ver um texto sério aqui depois de tanto tempo. "Porque meu blog é intimista", segundo me contam umas pernocas. Mas gostei, acho que vou repetir o feito qualquer dia desses.
...enquanto isso, deixo a vocês as bobagens rotineiras.
...enquanto isso, deixo a vocês as bobagens rotineiras.
Harry Nilsson, ev'rybody!
(E às almas compreensivas que não gostaram do texto anterior nem dos meus tuítes furiosos e questionaram "por quê eu não falo assim sobre aquele menino que morreu de fome": eu não vou comentar nada sobre infanticídio ou negligência. Não há discussão possível a respeito disso; é uma abominação, e é só. Mas agradeço o posicionamento ferrenho em favor dos obviamente desfavorecidos.)
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Aos absurdos
(ou "Sobre aquela gente que não nasceu pra ter filhos, mas os tem.")
Os padrões de beleza são mutáveis, cada um deles se impondo à sociedade que o molda e quase automaticamente inadequando os integrantes dessa sociedade.
Começo o texto com uma crítica e um convite a enxergar o óbvio:
tente olhar pra essa foto e ver, não necessariamente uma criança feliz, mas uma criança. Tente, de verdade, olhar pra essa "criaturinha" e não pensar que tem alguma coisa muito errada aí.
Se você conseguiu, olhe outra vez. Porque você está vendo errado.
Os padrões de beleza são mutáveis, cada um deles se impondo à sociedade que o molda e quase automaticamente inadequando os integrantes dessa sociedade.
Qualquer que seja o ideal adotado, há em torno dele uma sexualização que desqualifica o indivíduo como pessoa e tenta a todo custo torná-lo objeto. Essa coisificação padronizada tende a ser glorificada e altamente superestimada, quase sempre custando muito caro (em todos os aspectos.)
Os anseios frustrados e o exagero da imagem geralmente se exteriorizam como comportamentos neuróticos e potencialmente danosos à saúde física e mental daquele que tenta se encaixotar encaixar nos padrões.
Mas, fazer o quê? Manipulações, pressões e exigências à parte, é cada um com sua escolha. Não vejo problema em tentar se sentir melhor consigo mesmo, quem quer que seja esse "sigo" aí.
O que eu vejo e me enoja com eficácia ímpar, no entanto, é a insanidade coletiva (porque não existe outra explicação pra isso) dos extremos. Mães e pais insatisfeitos que depositam nos filhos suas expectativas frustradas e transformam a infância em um circo. As crianças se sentem e se tornam o centro do espetáculo, sem saber que na verdade é um show de horrores.
O primeiro absurdo é, claro, a sexualização precoce e invariavelmente catastrófica dessas "pequenas misses". Depois, a exposição a valores deturpados e a uma noção de "realidade" completamente ilusória.
O estímulo desnecessário a competições ferrenhas - ganhar, ganhar, ganhar. A arte de dissimular. Sorrisos falsos. Maquiagem pesada. Perucas, apliques, esmaltes, vernizes que quase sempre impedem que aquelas lindas mini-tragédias ambulantes desenvolvam caráter e personalidade próprias (porque elas, via de regra, não têm idade ou estrutura para saber como fazê-lo). Ao invés disso, acabam por absorver e assumir para si o espectro projetado por uma mãe insegura e superficial, tornando-se então adultinhas bizarras com uma noção completamente distorcida de que o mundo é, na verdade, a casa de praia da Barbie Malibu e que, no fim, tudo se resume a "eu sou linda, olhem pra mim, me comprem".
Não julgo o estilo de vida de quem vive da beleza (própria ou alheia); não é minha função julgar nada.
Só penso que crianças devem ser crianças, até porque só se pode fazer isso uma vez. E que pais que transformam os filhos em marionetes deveriam sofrer uma morte lenta e dolorosíssima.
(Cabe lembrar que minha opinião não se aplica só aos extremos físicos. Manipuladores de plantão, pais sufocadores e controladores: USEM CAMISINHA. Se querem cópias de vocês mesmos, torçam pela era da clonagem e desistam de ter filhos. Seus narcisistas imbecis desgraçados.)
Pronto, falei.
domingo, 24 de abril de 2011
hang on to your hopes, my friend
Time,
time,
time, see what's become of me
while I looked around for my possibilities;
I was so hard to please...
But look around:
leaves are brown now and the sky is a hazy shade of winter.
time,
time, see what's become of me
while I looked around for my possibilities;
I was so hard to please...
But look around:
leaves are brown now and the sky is a hazy shade of winter.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
a solução do meu problema
I wasn't born for diggin' deep holes
I'm not made for pavin' long roads
I ain't cut out to climb high line poles
But I'm pretty good at drinkin beer
I'm not the type to work in a bank
I'm no good at slappin' on things
Don't have a knack for makin' motors crank, no
But I'm pretty good at drinkin beer
So hand me one more
That's what I'm here for
I'm built for having a ball
I love the nightlife
I love my budlight
I like 'em cold and tall
I ain't much for mowin' thick grass
I'm too slow for workin' too fast
I don't do windows so honey don't ask
But I'm pretty good at drinkin' beer
A go getter maybe I'm not
I'm not known for doin' a lot
But I do my best work when the weather's hot
I'm pretty good at drinkin' beer
So hand me one more
That's what I'm here for
I'm built for having a ball
I love the nightlife
I love my budlight
I like 'em cold and tall
I wasn't born for diggin' deep holes
I'm not made for pavin' long roads
I ain't cut out to climb high line poles
But I'm pretty good at drinkin' beer
I'm pretty good at drinkin' beer
(Oh, hand me one more, boys…
That's what I'm here for.)
I'm not made for pavin' long roads
I ain't cut out to climb high line poles
But I'm pretty good at drinkin beer
I'm not the type to work in a bank
I'm no good at slappin' on things
Don't have a knack for makin' motors crank, no
But I'm pretty good at drinkin beer
So hand me one more
That's what I'm here for
I'm built for having a ball
I love the nightlife
I love my budlight
I like 'em cold and tall
I ain't much for mowin' thick grass
I'm too slow for workin' too fast
I don't do windows so honey don't ask
But I'm pretty good at drinkin' beer
A go getter maybe I'm not
I'm not known for doin' a lot
But I do my best work when the weather's hot
I'm pretty good at drinkin' beer
So hand me one more
That's what I'm here for
I'm built for having a ball
I love the nightlife
I love my budlight
I like 'em cold and tall
I wasn't born for diggin' deep holes
I'm not made for pavin' long roads
I ain't cut out to climb high line poles
But I'm pretty good at drinkin' beer
I'm pretty good at drinkin' beer
(Oh, hand me one more, boys…
That's what I'm here for.)
terça-feira, 19 de abril de 2011
braaains.
Nas noites insones, há pouquíssima coisa melhor que um prato de macarrão estilo pedreiro e um filmeco Corujão da vida.
Goodbye, fellas.
Let's just hope I don't turn into a zombie.
Goodbye, fellas.
Let's just hope I don't turn into a zombie.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
...
Gente estúpida,
ôôô, ô.
Gente hipócrita.
(Não vai valer nem um comentário. Em outra hora dissertarei - de forma muito pouco assertiva, claro - sobre hipocrisias cotidianas. Motivo? Dá uma olhada no espelho, chegadx.)
sábado, 16 de abril de 2011
Lembrete pra hoje:
mantenha o bom humor. Tente tirar só o melhor de cada situação. Respire fundo. RESPIRE FUNDO. RESPIRA FUNDO, PORRA!
(Nossa, que difícil manter a calma nessa casa. Especialmente a essa hora da manhã... e às horas anteriores.)
((Não nasci pra acordar cedo. Pronto, falei.))
(Nossa, que difícil manter a calma nessa casa. Especialmente a essa hora da manhã... e às horas anteriores.)
((Não nasci pra acordar cedo. Pronto, falei.))
Feliz aniversário, vó.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
crônica
A Casca
"...e eu nunca poderia imaginar que o vazio ocupasse tanto espaço. Me ocupa por inteiro, como se houvesse outro eu em mim. Cria ali um refúgio, pressiona meu peito com suas botas de combate e parece me arrebentar de dentro para fora. E eu pensava, 'tem de ser alguma coisa! Nada ocupa tanto espaço assim...'
E era. Era o nada.
Um vazio, uma dúvida; e não se sabe mais quem é casca e quem é núcleo.
Um momento e aquele vazio - aquela dúvida agora sou eu.
...
De quem é a voz com a qual eu grito?"
terça-feira, 12 de abril de 2011
por isso eu já passei...
Ah, e fica aqui o que eu faço sempre pra fugir dos meus textos.
Boa sorte, Charlie!
sábado, 2 de abril de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
And truth be told, I miss you...
...and truth be told, I'm lying.
When you see my face,
Hope it gives you hell, hope it gives you hell.
When you walk my way,
Hope it gives you hell, hope it gives you hell.
When you find a girl that's worth a damn,
and treats you well...
and treats you well...
Then she's a fool,
You're just as well,
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
rasgo
O Limite da Decepção
(ou A Percepção das horas, dos sonhos idos e do amor que nunca foi amor porque não havia a quem amar.)
Esta noite sonhei um sonho de eras passadas, daquilo que nunca foi um dia. Sonhei num sonho de risos e bocas, de felicidade tênue e tímida como um breve raio de sol que se arrisca após uma tempestade. Sonhei um sonho que antes sonhava acordada, sem saber que sonhava...
Pode parecer poesia - não é. É reflexo da alma perturbada, conturbada com o descobrimento advindo desse sonho tão bonito e traiçoeiro; porque, com o devaneio, percebi, encontrei e enfrentei meu maior inimigo.
Não ele; nunca ele. Pois ainda que se passem eras, é meu dever sublime e inalterável defendê-lo e assumir por ele as culpas que eu mesma possa lhe atribuir. Porque não é ele o meu inimigo; sou eu. Eu, que o criei e nutri e guardei. Eu, que velei seu sono por noites a fio; que cuidei e acarinhei, achando que era tudo o que ele precisava quando não era nada do que ele queria; eu, que fiz do coração, tripas. Porque ele?, ah, ele é e sempre foi e sempre será uma mera projeção dos meus anseios torturados. Ele, que nunca existiu.
Existiu, sim, uma pessoa, simples coadjuvante que perdeu com o tempo o significado; um ser de carne, osso e vontades ao qual meu coração insidiosamente atrelou aquele espectro do que eu esperava que ele fosse. No qual minha mente intransigente e estúpida acreditou encontrar todas as respostas. Mas não é esse homem real, mal chamado homem, que me prende e castra. Me encontrei e me encontro sob o jugo impiedoso de outro: ele, aquele a quem criei e nutri e guardei. Aquele a quem amei e amo com intensidade tal que dilacera a carne trêmula, ofegante e ainda fresca. Aquele cuja esfera de poder e opressão enlaça meu pescoço e me estrangula, dia após dia, como uma coleira muito apertada que tem por motivo prender, trancar, aprisionar, manter cativo para sempre meu coração estúpido e traidor. Mas a coleira já há muito não embota mais os pensamentos, não mantém refém a mente; e a mente, mexeriqueira cínica e mordaz, conta agora ao coração que ele, aquele ele a quem amávamos, não passa de ilusão - de encanto fugidio que engana e ri aos brados de nossa estupidez. Ah, coração!, pobre coração envergonhado. Tantos anos, tantos sonhos, tantos risos... Era tudo mentira? Ah, triste, triste coração que se partiu...
Mas, espere...!
Ao partir-se, mil partes de um coração escapam do laço sinistro e caem ao chão como estrelas mortas, o tilintar como chuva sobre as pedras do caminho, aquela chuva de tanto tempo atrás. Uma coleira não é capaz de prender um coração partido. Antes houvesse sido uma rede...
(ou A Percepção das horas, dos sonhos idos e do amor que nunca foi amor porque não havia a quem amar.)
Esta noite sonhei um sonho de eras passadas, daquilo que nunca foi um dia. Sonhei num sonho de risos e bocas, de felicidade tênue e tímida como um breve raio de sol que se arrisca após uma tempestade. Sonhei um sonho que antes sonhava acordada, sem saber que sonhava...
Pode parecer poesia - não é. É reflexo da alma perturbada, conturbada com o descobrimento advindo desse sonho tão bonito e traiçoeiro; porque, com o devaneio, percebi, encontrei e enfrentei meu maior inimigo.
Não ele; nunca ele. Pois ainda que se passem eras, é meu dever sublime e inalterável defendê-lo e assumir por ele as culpas que eu mesma possa lhe atribuir. Porque não é ele o meu inimigo; sou eu. Eu, que o criei e nutri e guardei. Eu, que velei seu sono por noites a fio; que cuidei e acarinhei, achando que era tudo o que ele precisava quando não era nada do que ele queria; eu, que fiz do coração, tripas. Porque ele?, ah, ele é e sempre foi e sempre será uma mera projeção dos meus anseios torturados. Ele, que nunca existiu.
Existiu, sim, uma pessoa, simples coadjuvante que perdeu com o tempo o significado; um ser de carne, osso e vontades ao qual meu coração insidiosamente atrelou aquele espectro do que eu esperava que ele fosse. No qual minha mente intransigente e estúpida acreditou encontrar todas as respostas. Mas não é esse homem real, mal chamado homem, que me prende e castra. Me encontrei e me encontro sob o jugo impiedoso de outro: ele, aquele a quem criei e nutri e guardei. Aquele a quem amei e amo com intensidade tal que dilacera a carne trêmula, ofegante e ainda fresca. Aquele cuja esfera de poder e opressão enlaça meu pescoço e me estrangula, dia após dia, como uma coleira muito apertada que tem por motivo prender, trancar, aprisionar, manter cativo para sempre meu coração estúpido e traidor. Mas a coleira já há muito não embota mais os pensamentos, não mantém refém a mente; e a mente, mexeriqueira cínica e mordaz, conta agora ao coração que ele, aquele ele a quem amávamos, não passa de ilusão - de encanto fugidio que engana e ri aos brados de nossa estupidez. Ah, coração!, pobre coração envergonhado. Tantos anos, tantos sonhos, tantos risos... Era tudo mentira? Ah, triste, triste coração que se partiu...
Mas, espere...!
Ao partir-se, mil partes de um coração escapam do laço sinistro e caem ao chão como estrelas mortas, o tilintar como chuva sobre as pedras do caminho, aquela chuva de tanto tempo atrás. Uma coleira não é capaz de prender um coração partido. Antes houvesse sido uma rede...
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
metamorphosis
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
domingo, 2 de janeiro de 2011
Filosofia
O mundo me condena
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome.
Mas a filosofia
Hoje me auxilia
A viver indiferente assim.
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Para ninguém zombar de mim.
Não me incomodo
Que você me diga
Que a sociedade
É minha inimiga.
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba
Muito embora vagabundo.
Quanto a você
Da aristocracia
Que tem dinheiro
Mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Sendo escrava desta gente
Que cultiva hipocrisia.
Grandes Citações
2010 foi um grande ano.
Sobre os amores, basta dizer que houveram. Encontrei e da mesma forma pensei perder grandes amores, apenas para perceber que Lavoisier sabia demais, ao menos em parte: nada se perde; as coisas simplesmente tomam outra forma. Especialmente em se tratando de um sentimento tão puro e sublime, não há força capaz de fazê-lo perecer.
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
Sobre o resto, eis o que resta a dizer: aprendi o valor da paciência; entendi que as coisas têm seu próprio tempo; tempo este que, aliás, passa mais rápido do que gostaríamos; que devemos aproveitar o mesmo tempo ao máximo e passá-lo sempre que possível com aqueles que nos amam, talvez mais do que com aqueles que amamos. Aprendi que devemos aprender a gostar daquilo que nos engrandece, que nos completa (por mais tentador que possa parecer amar aquilo que queremos amar, ainda que esse "aquilo" nos diminua.(Aliás, aprendi que não se deve mentir para si mesmo. Não, NÃO compensa. E não vai compensar amanhã, nem depois de amanhã; não vai compensar nunca. A situação não vai mudar. As coisas não vão se resolver sozinhas. Você não vai sair do lugar a menos que se levante e saia do lugar).). Finalmente compreendi que meu relógio não gira no mesmo ritmo que o da vida - talvez até girem em sentidos opostos! -, e que não há muito o que fazer quanto a isso. Pode ser que eu esteja quebrada; pode ser que o resto do mundo é que não funcione bem; pode ser que eu e o resto do mundo sejamos, simplesmente, muito diferentes.
De mais a mais, percebi que não há muito o que fazer quanto a isso, exceto o óbvio: é imperioso e necessário que se faça algo. Termino este desabafo com provavelmente a pior citação que virei a fazer na vida:
2010 foi um grande ano: nem por isso foi um ano bom, e nem por isso foi um ano ruim. A grandeza não se limita, não se conforma e, definitivamente, não se apaga da memória com facilidade. O grande o é por méritos não julgados; somente o é. E esse foi, com certeza, um grandecíssimo ano, que (a mim, pelo menos) me pareceu o mais curto de toda a minha vida.
Talvez 2011 não seja um ano tão grande como o que passou. Ficaria até muito aliviada, se não fosse. Tenho apenas um desejo para o ano que começa:
Bem-vindo, 2011. E a todos, o meu mais sincero "muito obrigada".
Sobre os amores, basta dizer que houveram. Encontrei e da mesma forma pensei perder grandes amores, apenas para perceber que Lavoisier sabia demais, ao menos em parte: nada se perde; as coisas simplesmente tomam outra forma. Especialmente em se tratando de um sentimento tão puro e sublime, não há força capaz de fazê-lo perecer.
Let me not to the marriage of true minds
Admit impediments. Love is not love
Which alters when it alteration finds,
Or bends with the remover to remove:
O no! it is an ever-fixed mark
That looks on tempests and is never shaken;
It is the star to every wandering bark,
Whose worth's unknown, although his height be taken.
Love's not Time's fool, though rosy lips and cheeks
Within his bending sickle's compass come:
Love alters not with his brief hours and weeks,
But bears it out even to the edge of doom.
If this be error and upon me proved,
I never writ, nor no man ever loved.
De almas sinceras a união sinceraNada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
Sobre o resto, eis o que resta a dizer: aprendi o valor da paciência; entendi que as coisas têm seu próprio tempo; tempo este que, aliás, passa mais rápido do que gostaríamos; que devemos aproveitar o mesmo tempo ao máximo e passá-lo sempre que possível com aqueles que nos amam, talvez mais do que com aqueles que amamos. Aprendi que devemos aprender a gostar daquilo que nos engrandece, que nos completa (por mais tentador que possa parecer amar aquilo que queremos amar, ainda que esse "aquilo" nos diminua.
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
De mais a mais, percebi que não há muito o que fazer quanto a isso, exceto o óbvio: é imperioso e necessário que se faça algo. Termino este desabafo com provavelmente a pior citação que virei a fazer na vida:
Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare.
Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.
2010 foi um grande ano: nem por isso foi um ano bom, e nem por isso foi um ano ruim. A grandeza não se limita, não se conforma e, definitivamente, não se apaga da memória com facilidade. O grande o é por méritos não julgados; somente o é. E esse foi, com certeza, um grandecíssimo ano, que (a mim, pelo menos) me pareceu o mais curto de toda a minha vida.
Talvez 2011 não seja um ano tão grande como o que passou. Ficaria até muito aliviada, se não fosse. Tenho apenas um desejo para o ano que começa:
que seja um bom ano, para todos nós.
Bem-vindo, 2011. E a todos, o meu mais sincero "muito obrigada".
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