A Casca
"...e eu nunca poderia imaginar que o vazio ocupasse tanto espaço. Me ocupa por inteiro, como se houvesse outro eu em mim. Cria ali um refúgio, pressiona meu peito com suas botas de combate e parece me arrebentar de dentro para fora. E eu pensava, 'tem de ser alguma coisa! Nada ocupa tanto espaço assim...'
E era. Era o nada.
Um vazio, uma dúvida; e não se sabe mais quem é casca e quem é núcleo.
Um momento e aquele vazio - aquela dúvida agora sou eu.
...
De quem é a voz com a qual eu grito?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário