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Coelho branco na neve.

domingo, 19 de junho de 2011

Vai.

Vai.
Diz aquilo que você quer dizer.
Deixa as palavras vazarem da sua alma como água que transborda de um bueiro entupido, trazendo com elas toda a imundície que ficou estagnada por tanto tempo.
Deixa o grito sair do silêncio e devassar o tímpano daquele que não quer ouvir; deixa sair tudo o que é feio, é frio, é fétido e te engasga.
Vai.
Diz pra ele que você não é qualquer uma.
Diz pra ela que você não é palhaço.
Diz pra todos quem é você.
E depois que disser tudo, escuta.
Vai.
Vê se tem coragem e escuta.
Porque aí - e só aí - vai ecoar o silêncio da sua verdade refletida neles todos: você, monstro ou santo, não importa; só você, essência e fundamento, mais uma vez, com a limpidez de outrora da chuva que caiu dos céus e se afogou no esgoto de tudo o que você, monstro ou santo, guardou tanto tempo aí dentro.
Vai.
Diz.

Diz, que eu quero ouvir.

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