Espelho, espelho meu...

Minha foto
Coelho branco na neve.

domingo, 9 de setembro de 2012

free...


 
my mind holds the key;
set my spirit free...
set my body free...
...free
.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

quarta-feira, 16 de maio de 2012

medicine

Drink up, baby, stay up all night; things you could do, you won't but you might. The potential you'd be, you'll never see... Promises you'll only make.
Drink up with me now and forget all about pressure of days; do what I say and I'll make you okay - drive them away, images stuck in your head.
People you've been before that you don't want around anymore, that push and shove, won't bend to your will - I'll keep them still.
Drink up, babe, look at the stars and I'll kiss you again between the bars where I'm seeing you there, hands in the air, waiting to finally be caught.

Drink up one more time and I'll make you mine and keep you apart deep in my heart, separate from the rest where I like you the best - keep the things you forgot.
People you've been before that you don't want around anymore, that push and shove, won't bend to your will... I'll keep them still.

sexta-feira, 23 de março de 2012

turn the lights out now
now I'll take you by the hand
hand you another drink
drink it if you can
can you spend a little time?,
time is slippin' away
away from us, so stay
stay with me, I can make
make you glad you came.

segunda-feira, 19 de março de 2012

a onda

"time, time, time... see what's become of me
while I looked around for my possibilities...
I was so hard to please... - but look around,
leaves are brown and the sky
is a hazy shade of winter."



Os dias me correm.
Eu, atônita, nem me movo. Sinto dolorosamente o tempo pingar de minhas veias abertas, gotejando lentamente os instantes ínfimos, piscares de olhos que assistem apáticos à vida que se esvai... Meus olhos. Minha vida.

A mente ébria e desgovernada se agita, se perturba. Indignada, grita. Grita alucinadamente. Dá início a uma revolta, um buzinaço mental, convocando ao movimento todo o corpo inerte. A alma é a primeira que responde. Junta sua dor à angústia da amiga, une-se a ela numa onda irrefreável de agonia inconformada. A onda se propaga. E vai. E vai. Lava os membros que se fazem dormentes, lava os ouvidos que se fazem surdos, lava o coração que se faz indiferente. E vai. E vai. Molha de leve cada fibra de um ser que se resignou ao desespero silencioso, à imutabilidade sofrida da inércia na qual se refugia voluntariamente. E vai. E vai...

Então, sob o olhar condoído da mente e da alma, quebra-se inadvertidamente de encontro à praia dos olhos, derramando-se em uma única gota que desliza, discreta, pela face. Quem haveria de dizer?, eram os mesmos olhos que assistiam, apáticos, ao gotejar da vida... Minha vida. Meus olhos.

domingo, 8 de janeiro de 2012

passarinhos

Você procrastina. Suas costas doem por ficar tanto tempo na mesma posição, e ainda assim a inércia te compele a continuar. O tempo se arrasta. Se estica. Quase pára. E você, mal vendo a vida passar.
Mas não é porque você não viu, que ela deixou de ir.
Ela passa.
Ela vai.
Vai embora, e leva com ela coisas, momentos, pessoas preciosas.
E, nessa hora, parece alfinetar no seu cérebro cada uma das muitas vezes em que você disse, disse-mas-não-fez, quase que só por dizer, "Nossa, estou com uma saudade de fulano... Preciso dar uma passadinha lá."
Mas aquela passadinha, a visita de fim de tarde àquela pessoa que você amava e que você sempre prometia a si mesmo que ia fazer, você procrastinou também. Não porque amava pouco aquele alguém, mas porque ama pouco a si mesmo. Porque se recusa a enxergar o óbvio: que o tempo passa, que as oportunidades passam, que as pessoas passam. E que você não passou lá.
E, agora, não encontra dentro de si a força pra dar uma passadinha lá, uma última vez.




Esse texto foi escrito em luto por duas das pessoas mais maravilhosas que já conheci, cujas presenças eu não consegui aproveitar porque estava muito ocupada procrastinando. Minha urgência em pedir desculpas soa mais ridícula que o normal, agora. A pior perda é aquela que a gente deixa acontecer, dia após dia, sem fazer nada. Espero que isso me lembre de aproveitar melhor cada momento com cada pessoa que amo. E sirva de aviso pra quem ler: espero que você nunca sinta no coração um peso tão grande como o que sinto nesse momento.